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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A Condição Espiritual do Adorador


              
Existem diversos elementos relacionados à qualidade e ao poder do louvor: a música, a letra, sua origem e seu propósito. Entretanto, ainda que determinada composição musical seja feita sob a unção do Espírito Santo e contenha todas as características desejáveis, sua aceitação diante de Deus vai depender também de quem está cantando, ou seja, sua situação espiritual. Uma linda obra de arte pode ser destruída se estiver em mãos erradas ou em mãos sujas.
"Aos retos fica bem o louvor" (Salmo 33.1). Deus não quer o louvor do ímpio, nem do cristão que estiver em pecado (Salmo 50.16-17). O que o Senhor deseja nesses casos é a conversão e o arrependimento. Se um filho ofendeu ao pai, deverá se reconciliar antes de tentar agradá-lo com palavras.
Se estivermos sujos diante de Deus, nossa oferta se tornará abominável aos seus olhos, ainda que ela represente um sacrifício para nós (I Sm.15.22; Is.1.13; Mt.5.23-24). Toda espécie de oração que fizermos será rejeitada (Pv.28.9), a não ser aquela que venha trazer nossa confissão de pecado. Nossa música se tornará um barulho insuportável aos ouvidos de Deus (Am.5.23). Assim, o louvor será apenas um rito religioso vazio.
Aquele que louva e adora ao Senhor precisa estar puro, a fim de não contaminar e inutilizar a sua oferta. Isto é válido para todos os cristãos e especialmente para os que se dedicam ao ministério na casa de Deus. "Purificai-vos, vós que levais os vasos do Senhor" (Is.52.11).
O profeta Malaquias disse que Deus, como um lavandeiro e um ourives, purificaria os levitas para que trouxessem ofertas aceitáveis diante do altar (Mal.3.1-4). Vemos, nessa passagem, dois processos purificadores:
1- O lavandeiro trabalha com sabão e água, que é um símbolo da palavra de Deus (João 15.3; Ef.5.26). Quando pecamos, O Senhor nos fala amorosamente para que tomemos atitudes de conserto.
2 - O ourives trabalha com fogo, que simboliza a tribulação e a ira de Deus (I Pd.1.6-7; Jr.4.4). Quando não damos ouvidos à palavra, entramos em tribulações. O fogo age mais profundamente, destruindo impurezas que a água não conseguiu tirar. Muitas tribulações poderiam ser evitadas se tomássemos as atitudes certas no tempo certo. Quando somos atribulados, nossa consciência se desperta para o reconhecimento do pecado.
Precisamos receber a palavra de Deus e corrigir as nossas ações antes que venha o fogo do ourives. O arrependimento, a confissão e o conserto farão com que o nosso louvor seja puro e suba diante de Deus como oferta suave e aprazível.

Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.

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