Ouço, recebo, leio, vejo, vivo e compartilho: Textos bíblicos, vídeos, mensagens, testemunhos, reflexões e estudos de vários autores, e muito mais da Palavra de Deus, para a minha e para a sua edificação espiritual...



quarta-feira, 30 de novembro de 2011

UTILIZE SEU POTENCIAL - 4


Análise dos motivos que impedem o uso das capacidades individuais
Cada um de nós pode crescer muito nas mais diversas áreas, sejam naturais ou espirituais. Muitas vezes, isto não acontece, simplesmente porque ignoramos o poder que nos foi dado por Deus. Outras vezes, conhecemos nossas prerrogativas, mas desanimamos diante das dificuldades, reais ou imaginárias, tornando-nos como aquela semente que caiu entre as pedras e ficou infrutífera (Mt.13.20-21).
Vejamos alguns impedimentos ao desenvolvimento pessoal:
1- A falta de recursos - É difícil falar em utilização de potencial com alguém cujo maior desafio na vida é a própria sobrevivência. Refiro-me àqueles que vivem em extrema miséria, sem saber quando farão a próxima refeição.
Em situações menos extremas, a escassez de recursos materiais pode dificultar a execução de muitos projetos. Não podemos, porém, usar esse problema como justificativa para a inércia. Se não podemos fazer muito, não significa que estejamos absolutamente impedidos de realizar alguma coisa, por menor que seja.
Se não temos dinheiro para comprar uma granja, talvez possamos comprar uma galinha, que será o começo de tudo.
Por exemplo, a leitura pode ser de grande importância em nossas vidas e não depende apenas de dinheiro. Existem mais livros gratuitos à disposição do que pessoas dispostas a lê-los. São muitas as bibliotecas abertas ao público. E quantas vezes temos livros em casa, talvez a própria bíblia, mas não lemos.
Ocorre também o caso de pessoas com abundância de recursos, mas desprovidas da visão de um objetivo, ou simplesmente apegadas ao dinheiro, o que lhes impede de realizar algo de maior significado na vida.
2 - A preguiça é outro fator que trava a vida das pessoas. O preguiçoso pode não ser incapaz ou extremamente ignorante. Contudo, sua indisposição diante dos desafios cotidianos impede seu desenvolvimento. "Diz o preguiçoso: um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas" (Pv.22.13). Ele sempre inventará uma desculpa para não se esforçar. O problema não está "lá fora", mas dentro dele.
Se alguém deseja utilizar seu potencial, deve estar disposto a enfrentar muito trabalho, pois nada de importante virá com facilidade.
3 - O medo - Muitos empreendimentos deixam de ser realizados por medo do fracasso, e isto acontece, principalmente, com aqueles que já tentaram uma vez e falharam. Aos 40 anos de idade, Moisés se levantou contra um egípcio para defender um hebreu. Matou aquele homem e fracassou em sua iniciativa a favor do seu povo. Muitos anos depois, Deus o manda voltar ao Egito para libertar Israel. Naquele momento, Moisés se considerava absolutamente inadequado para a missão, pois já falhara anteriormente. Entretanto, Deus insistiu com ele. Moisés voltou ao Egito, agindo em nome de Deus, com poder e autoridade, e o povo foi liberto.
O medo é algo natural, mas não podemos nos deixar vencer por ele. É claro que, em algumas situações, desconsiderá-lo pode ser estupidez, mas, em outras, recuar será sinal de covardia. Se fracassamos uma vez, não significa que acontecerá novamente.
Se o medo nos dominar, nem sairemos de casa. Aproveitando que estamos vivos, vamos agir. Toda iniciativa inclui o risco do fracasso, mas isto não pode nos deter. Corremos também o risco de sermos bem sucedidos, superando nossas expectativas. Afinal, a fé é oposta ao medo. "Porque Deus não nos deu espírito de temor, mas de poder, de amor e de moderação" (IITm.1.7).
4- A Auto-preservação - A utilização do nosso potencial inclui investimentos, desgastes, gastos e até algum prejuízo aparente. Para conseguirmos algo grande, talvez precisaremos abrir mão de alguma coisa pequena que já está em nosso poder (Mt.13.46). Muitos vacilam diante de tais desafios. Pode ser mais cômodo manter o status atual, ainda que medíocre. Vejamos o que escreveu Jeremias:
"Maldito aquele que fizer a obra do Senhor negligentemente, e maldito aquele que preservar do sangue a sua espada! Moabe tem estado descansando desde a sua mocidade, e tem repousado como vinho sobre as fezes; não foi deitado de vasilha em vasilha, nem foi para o cativeiro; por isso permanece nele o seu sabor, e o seu cheiro não se altera. Portanto, eis que os dias vêm, diz o Senhor, em que lhe enviarei derramadores que o derramarão; e despejarão as suas vasilhas, e despedaçarão os seus jarros". (Jr.48.10-12).
Moabe adotou uma postura de omissão, deixando que outros fizessem o precisava ser feito, deixando que outros contribuíssem e se esforçassem. Com isso, preservou seus recursos, mas, em compensação, deixou de desenvolver e utilizar seu potencial. Ser negligente é se omitir, procurando fazer o mínimo para Deus, ou, de preferência, nada.
Aquele povo evitou situações de confronto, esquivou-se do cativeiro. Tais atitudes, à primeira vista, podem ser consideradas positivas. Contudo, fugir dos problemas também é uma forma de evitar o crescimento pessoal. Não é que vamos causar problemas, mas sim encarar de frente os que surgirem, no sentido de solucioná-los. A fuga por antecipação faz com muitos evitem o ministério, a profissão, o casamento ou a paternidade.
5 - O perfeccionismo - Muitas pessoas sabem o que podem fazer e onde querem chegar, mas pretendem realizá-lo só quando as condições forem ideais. É provável que jamais realizem algo, pois sempre falta algum elemento no cenário. É como aquele indivíduo que depende das nuvens e do vento para semear (Ec.11.4).
Não devemos ser relaxados nem perfeccionistas. É normal que iniciemos nossos projetos de modo simples, começando de baixo. Em seguida, procuraremos o aprimoramento constante rumo à excelência.
Aquele que espera um emprego extraordinário para iniciar sua carreira profissional, dificilmente iniciará. 6 - Pecados e embaraços. "Portanto, nós também, que estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta" (Heb.12.1).
Um atleta, por mais preparado que esteja, não pode correr amarrado ou sobrecarregado com pesos.
O pecado funciona como um dreno para o nosso potencial. Se nos entregarmos a ele, estaremos impossibilitados de exercer nossa missão. Seríamos como o jogador que gastou sua energia com tantas atividades que não conseguiu praticar seu esporte.
O embaraço, por sua vez, nem sempre é pecaminoso. Pode ser, simplesmente, a perda de tempo com coisas menores. Seria um erro na definição de prioridades. Parece algo inofensivo, mas é muito prejudicial.
Configura-se então a situação das sementes que caíram entre os espinhos. Foram sufocadas e não desenvolveram seu potencial (Mt.13.7). Foi o caso daquele homem que, sendo chamado para seguir Jesus, disse: "Deixa-me primeiro ir sepultar meu pai" (Mt.8.21), ou ainda como os convidados, na parábola da grande ceia, que se embaraçaram com tantas coisas, que não puderam comparecer ao banquete do rei. Seus impedimentos foram: o casamento, o campo e a junta de bois (Mt.22.1). Tais coisas não são, em si mesmas, pecaminosas, mas foram prejudiciais quando colocadas em primeiro lugar. É o caso de quem usa o casamento, os filhos ou o trabalho como desculpas para não irem à igreja ou não servirem a Deus de alguma forma.
Paulo escreveu aos Gálatas: "Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade"? (Gl.5.7). É necessário que cada um avalie sua própria situação, suas dificuldades, seus impedimentos, e o que pode ser feito de imediato para superá-los. No meio da tempestade, quando um navio está sobrecarregado e ameaça afundar, muitas coisas são lançadas ao mar (Jn.1.5; At.27.18,19,38). Existem aquelas que não podem ser descartadas, mas podem ser reorganizadas, de modo que o peso seja distribuído de forma mais equilibrada. É preciso que nossas vidas sejam arranjadas de tal forma que, além evitarmos o naufrágio, possamos utilizar nosso potencial, alcançando os alvos que Deus tem para nós.

Em caso de utilização impressa do presente material, favor mencionar o nome do autor:
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
Professor
do Steb - Seminário Teológico Evangélico do Brasil
e do Sebemge - Seminário Batista do Estado de Minas Gerais
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MEU BARQUINHO

domingo, 27 de novembro de 2011

UTILIZE SEU POTENCIAL - 3


Quais serão os motivos da inércia e do retrocesso em diversos aspectos da vida?Como podemos parar de caminhar antes de chegarmos ao nosso destino? Não seria algo normal, mas é o que acontece com muitas pessoas que se sentem satisfeitas por terem percorrido metade da jornada. Temos condições para ir muito além, mas, por diversos motivos, deixamos de fazê-lo, desperdiçando a capacidade que o Senhor nos deu.
Muitas pessoas ignoram tanto sua própria capacidade quanto o poder de Deus.
Certo homem, visitando as instalações de um circo, viu um grande elefante amarrado por uma corda, cuja ponta se prendia a uma pequena estaca. Aproximando-se daquele que cuidava dos animais, perguntou-lhe: "Por quê um animal tão forte não arranca este pequeno pedaço de madeira que o prende". Respondeu-lhe o domador: "Ele não sabe que consegue. Quando ainda era filhote, eu o prendi à estaca, que era maior do que ele. Então, o elefantinho se debateu durante muitas horas, tentando se soltar. Aos poucos acostumou-se e nunca mais tentou fugir, mesmo depois de adulto".
Assim acontece aos seres humanos. Falta-lhes a consciência de sua identidade e potencial. Lembremo-nos de que até homens como Moisés (Ex.3.11), Gideão (Jz.6.15) e Jeremias (Jr.1.6) se esquivaram inicialmente diante do chamado divino porque não se consideravam capazes ou adequados para a missão.
A bíblia diz que somos filhos de Deus. Assim, como aconteceu com o filho pródigo (Lc.15.17-20), precisamos nos conscientizar da nossa herança, nossos direitos e prerrogativas, não num sentido egoísta, mas no propósito de sermos canais do extraordinário poder de Deus para abençoar muitas pessoas.
Paulo perguntou aos coríntios: "Não sabeis que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós"? (ICo.3.16). A falta do conhecimento de quem somos e do que podemos realizar torna-se um empecilho à obra de Deus através de nós.
Alguns deixam de usar seu potencial porque receberam algo de Deus ou fizeram alguma coisa para ele e pensam que tenha sido o suficiente.
Receberam migalhas e pensam que já é o pão. Nossas experiências espirituais são maravilhosas, mas não podemos permitir que elas sejam nossa estação final. Não podemos ficar tão deslumbrados a ponto de não buscarmos nada mais da parte de Deus. Alguns receberam um dom espiritual e pensam que aquele seria o único para o resto de suas vidas. Paulo escreveu aos coríntios: "Aquele que fala em línguas, ore para que possa interpretar" (ICor.14.13). O Senhor quer fazer muito mais através de nós, mas precisamos pedir, bater à porta e buscar a sua face (Mt.7.7).
"A alma farta pisa os favos de mel, mas para a alma faminta, todo amargo é doce" (Pv.27.7). Não sejamos fartos das coisas de Deus antes do tempo, porque, por mais que tenhamos recebido, isto ainda é pouco diante daquilo que ele tem para nós. Precisamos ter fome e sede da justiça de Deus e de tudo o que ele quer nos dar (Mt.5.6). Esta é uma condição essencial para o nosso crescimento espiritual.
Se ganhamos uma alma para Cristo, podemos ganhar muitas outras. Se oramos por alguém, podemos orar por muitas outras pessoas. Se jejuamos um dia, podemos jejuar dois. Se realizamos algo pelo reino de Deus, podemos fazer muito mais. Jesus espera que façamos obras maiores do que aquelas que ele fez (João 14.12). Vemos, portanto, a grande expectativa que ele tem a nosso respeito.
Alguns foram detidos em sua caminhada porque deram ouvidos às pessoas erradas.
Em qualquer situação, encontraremos conselhos de vários tipos. Alguns deles serão desestimulantes, como aconteceu com o cego de Jericó. Ele não enxergava, mas tinha um potencial, tinha olhos. Precisava, porém, de um toque divino. Primeiro, ele ouviu dizer que Jesus estava passando por ali. Então resolveu gritar a plenos pulmões: "Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim". Então, outras vozes surgiram, mandando que ele se calasse. É sempre assim. Muitos daqueles que enxergam, não querem ouvir os brados do cego (Mc.10.46-52). Quem já tem uma boa condição na vida, prefere que os menos favorecidos se calem e se conformem com seu estado. Outros, que também estão em situação ruim, não querem ficar para trás. Então, preferem que todos continuem onde estão.
Quando Neemias reconstruía as muralhas de Jerusalém, os inimigos se levantaram com um ataque verbal, dizendo: "Que fazem estes fracos judeus? Fortificar-se-ão? Oferecerão sacrifícios? Acabarão a obra num só dia? Vivificarão dos montões de pó as pedras que foram queimadas? Ainda que edifiquem, vindo uma raposa derrubará o seu muro de pedra" (Nee.4.1-3). Para combater um servo de Deus, a primeira estratégia do inimigo sempre será o uso de palavras destrutivas. E, às vezes, ele não precisa utilizar sua próxima arma, pois muitos caem com um simples grito ou com uma crítica suave. Ainda hoje, ele tenta nos desanimar quando buscamos o crescimento e, principalmente, quando estamos no meio da tribulação. Nessa hora, ele sempre tem um conselho que parece lógico e sensato, pois mostra uma possibilidade de alívio imediato através da desistência, quando o propósito de Deus é que fiquemos firmes em nossa luta, pois temos potencial para isso e muito mais. O inimigo queria que Cristo desistisse da cruz, ou que descesse dela, mas o propósito do Pai ia muito além, envolvendo a morte e a ressurreição (Mt.16.21-23; Mt.27.40).
Hoje, ouviremos muitas vozes que querem nos fazer recuar. Elas dizem: "Não precisa tanto... Deus não quer sacrifícios... Pra quê ir ao culto de novo? Pra quê contribuir tanto? Que desperdício... Você tem que aproveitar a vida..." O repertório é vasto, mas não se deixe levar por palavras de destruição que podem vir, inclusive, em forma de elogio. Se alguém disser que você já alcançou uma excelente posição, não acredite. Continue crescendo.
Outros não usam seu potencial porque foram subornados pelo Diabo.
O suborno é uma forma de desviar alguém de suas responsabilidades e funções. É um modo de vender o que não está à venda, negociando o inegociável. O inimigo tentou usar esta estratégia com Cristo ao oferecer-lhe os reinos do mundo com toda a sua glória, dizendo, "tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares" (Mt.4.8-9). Se Jesus se deixasse seduzir, seu potencial deixaria de ser usado, sua obra estaria comprometida. Ele deixaria de fazer o que fez e ser o que foi em seu ministério terreno.
Outros personagens bíblicos não foram tão felizes e aceitaram propostas que destruíram suas vidas:
- Esaú poderia ter sido um grande patriarca de Israel. O Senhor então se apresentaria como "Deus de Abraão, de Isaque e de Esaú". Entretanto, um prato de lentilhas jogou tudo por terra (Gn.25.27-34).
- Balaão era um homem à frente do seu povo e do seu tempo, um profeta verdadeiro, embora gentio, numa época em que os servos de Deus eram, geralmente, israelitas. Porém, seu ministério foi encerrado por causa de um suborno. Ele se deixou levar pelo amor ao dinheiro (Nm.22).
- Geasi poderia ter sido um grande profeta, sucessor de Eliseu, mas sua carreira foi encerrada pela força sedutora dos bens materiais (IIRs.5.15-27). - Judas Iscariotes poderia ter sido um grande apóstolo de Jesus, mas perdeu o ministério e a vida depois de vender o Mestre por trinta moedas de prata (Mt.26.14-16).
Estes são alguns exemplos de pessoas que deixaram de usar o potencial que possuíam, porque caíram em um laço mortal.
Ainda hoje, o Inimigo continua usando a mesma estratégia. Quantos músicos deixaram de tocar ou cantar na igreja porque receberam uma proposta interessante lá fora! Quantos perderam seus ministérios porque foram seduzidos pelos atrativos pecaminosos do mundo!
Além de usar nosso potencial, precisamos preservá-lo do mal que nos assedia como as raposinhas que saltam sobre as vinhas em flor (Ct.2.15). Caindo a flor, não haverá fruto.
O Inimigo tenta agir com a maior antecedência possível. Ele tentou matar Jesus antes que ele completasse 3 anos de idade (Mt.2.16; Ap.12.4-5), mas o Pai o protegeu até que se tornasse um adulto e cumprisse o seu ministério. Da mesma forma, somos atacados insistentemente pelo adversário, mas, permanecendo fiéis ao Senhor, somos mais do que vencedores.
Nosso potencial será utilizado, de forma poderosa, produzindo muitos frutos para a glória de Deus.
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Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia. 

domingo, 13 de novembro de 2011

UTILIZE SEU POTENCIAL
Boa noite!
Começando hoje a postagem da série de sete mensagens de autoria do Pr. Anísio Renato, "Utilize Seu Potencial". Estas e muitas outras mensagens do autor vocês podem conferir no site anisiorenato.com...Que Deus nos abençoe e edifique através desta série.

Série - UTILIZE SEU POTENCIAL



PODEMOS IR ALÉM DE ONDE FOMOS E FAZER MUITO MAIS DO QUE JÁ FIZEMOS


"Criou Deus, pois, o homem, à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra..." (Gn.1.27-28).
Ao criar o primeiro homem e a primeira mulher, Deus começou o que não podíamos começar. Cabe, porém, a nós a continuidade expressa na ordem: "Crescei e multiplicai-vos". Além da questão reprodutiva, presente no texto, podemos perceber ali princípios permanentes que podem ser aplicados em diversas áreas da nossa vida. Deus determinou um objetivo, uma missão: encher a terra, mas, antes disso, deu a bênção, que incluía o potencial necessário para que o homem pudesse concretizar a vontade divina. Entretanto, se essa capacidade, esse poder, deixasse de ser usado, Adão e Eva ficariam sós, no mesmo lugar, para sempre.
Muitas vezes, assumimos o papel de expectadores, querendo que Deus faça tudo, quando, de fato, o que falta é a nossa parte. Queremos que ele visite os hospitais e os presídios, quando nós é que deveríamos visitar. Queremos a conversão da almas, mas deixamos de evangelizar. Algumas bênçãos que pedimos não são dadas porque elas devem ser fruto do nosso próprio trabalho.
Mesmo que o pecado não acontecesse, o homem precisaria sair do jardim um dia. Ele não seria expulso, nem teria o caminho de volta bloqueado, mas seria necessária sua ida a outros lugares. Afinal, sua autoridade era sobre toda a terra (Gn.1.28) e não apenas sobre o Éden.
O jardim era um lugar de delícias, com todo suprimento, conforto e felicidade. Contudo, havia muito mais a se fazer para que o objetivo fosse cumprido. Qual é o seu paraíso? Muitas pessoas permanecem definitivamente na casa dos pais, na cidade natal, etc. Talvez seja necessário sair do jardim, no tempo certo, sob a direção de Deus, para alcançar o mundo. É preciso coragem para sair da zona de conforto, enfrentando novos desafios e dificuldades. Existe um grande potencial em cada um de nós que precisa ser utilizado. Não podemos desperdiçá-lo.
A ordem divina, que lemos em Gênesis 1, expressa também o limite da autoridade humana. Deus não nos deu o domínio do universo, mas da terra. No entanto, nós estabelecemos limites muito mais restritos para a nossa ação. Foi o que aconteceu com os homens de Sinear, quando decidiram se fixar em uma planície, onde construiríam uma torre. Deus os dispersou para que o processo de conquista da terra continuasse (Gn.11). Queremos morar no vale, mas Deus quer que subamos às montanhas.
Podemos ir além de onde fomos e fazer muito mais do que já fizemos, porque existe em nós um potencial maior do que possamos imaginar. A proposta bíblica para nós é: plenitude (Rm.15.29; Ef.3.19; 4.13; Col.2.2). Não podemos nos contentar com menos do que isso no que diz respeito a tudo o que possa ser feito para a glória de Deus através de nós.
Ao vermos uma lagarta, podemos sentir nojo. Não a valorizamos nem desejamos tocá-la. Contudo, ela tem dentro de si o potencial para se tornar uma linda borboleta.
Uma pequena semente pode ser desprezada, mas tem dentro de si a capacidade para se tornar uma grande árvore e produzir muitos frutos.
O barro espalhado pelo chão é sinônimo de sujeira, mas, nas mãos do oleiro, pode se tornar uma obra de arte caríssima.
Cada um de nós deve se conscientizar da capacidade que Deus nos deu. Precisamos vislumbrar o que ainda podemos ser e fazer. Precisamos sê-lo, enquanto é tempo.
Basta olharmos para as grandes realizações da humanidade para termos uma idéia do espantoso potencial do ser humano. Sua inteligência e criatividade sempre superam suas próprias expectativas. Entretanto, é relativamente pequeno o número de pessoas que exploram a fundo suas capacidades. A esmagadora maioria vive como a larva que nunca voou. Lagarta e borboleta não são espécies distintas, assim como os grandes homens da história ou os heróis da bíblia não são diferentes de nós em termos de capacidade mental (Tg.5.17). O que acontece é que eles foram além de seus limites aparentes, enquanto a maioria de nós permanece eternamente na mediocridade.
Sob o aspecto natural, cada pessoa pode fazer muito mais do que já fez. Precisa acreditar nisso e agir, investindo em si mesmo, trabalhando e crescendo.
Se o homem natural pode fazer tanto, o que dizer do espiritual? Se o potencial humano já é imenso, o que acontecerá se for incrementado pelo potencial divino? Esta é a possibilidade apresentada pelo cristianismo. Deus deseja se manifestar através dos homens. Ele não precisa disso, mas quis nos dar esta honra. Seria como juntar pólvora e fogo. O resultado é uma explosão. No reino de Deus, não podemos fazer nada sem ele, mas, se tivermos a ação do seu Espírito em nós, não haverá limites para as nossas realizações. Deus é "poderoso para fazer tudo, muito mais, abundantemente, além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef.3.20).
Na disputa com os profetas de Baal (IRs.18), Elias construiu um altar e colocou sobre ele o sacrifício. Depois, Deus enviou fogo do céu para consumir o holocausto. Se queremos fogo divino, precisamos construir o altar. Existe muito que podemos fazer na busca ao Senhor. Ele responderá com poder. O potencial divino trabalha neste mundo junto com o potencial humano. Às vezes, queremos que Deus construa o altar. Ajoelhamos, oramos e esperamos. Queremos ver as pedras saindo do lugar, quando nós é que deveríamos movê-las.
Se temos forças para caminhar, não podemos ficar parados. Em qualquer área da nossa vida, o caminho para a excelência é muito longo, mas precisamos dar o próximo passo, sem demora. O tempo passa rapidamente. Um dia, olharemos para trás e faremos um balanço da nossa vida. O que teremos realizado? O tempo é agora. Levantemo-nos para agir, utilizando o potencial que Deus nos deu.


Autor:  Prof. Anísio Renato de Andrade

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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ezequiel – capítulo 17


1   Depois disto, o homem me fez voltar à entrada do templo, e eis que saíam águas de debaixo do limiar do templo, para o oriente; porque a face da casa dava para o oriente, e as águas vinham de baixo, do lado direito da casa, do lado sul do altar.

2   Ele me levou pela porta do norte e me fez dar uma volta por fora, até à porta exterior, que olha para o oriente; e eis que corriam as águas ao lado direito.

3   Saiu aquele homem para o oriente, tendo na mão um cordel de medir; mediu mil côvados e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos tornozelos.

4   Mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos joelhos; mediu mais mil e me fez passar pelas águas, águas que me davam pelos lombos.

5   Mediu ainda outros mil, e era já um rio que eu não podia atravessar, porque as águas tinham crescido, águas que se deviam passar a nado, rio pelo qual não se podia passar.

6   E me disse: Viste isto, filho do homem? Então, me levou e me tornou a trazer à margem do rio.

7   Tendo eu voltado, eis que à margem do rio havia grande abundância de árvores, de um e de outro lado.

8   Então, me disse: Estas águas saem para a região oriental, e descem à campina, e entram no mar Morto, cujas águas ficarão saudáveis.

9   Toda criatura vivente que vive em enxames viverá por onde quer que passe este rio, e haverá muitíssimo peixe, e, aonde chegarem estas águas, tornarão saudáveis as do mar, e tudo viverá por onde quer que passe este rio.

10   Junto a ele se acharão pescadores; desde En-Gedi até En-Eglaim haverá lugar para se estenderem redes; o seu peixe, segundo as suas espécies, será como o peixe do mar Grande, em multidão excessiva.

11   Mas os seus charcos e os seus pântanos não serão feitos saudáveis; serão deixados para o sal.

12   Junto ao rio, às ribanceiras, de um e de outro lado, nascerá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não fenecerá a sua folha, nem faltará o seu fruto; nos seus meses, produzirá novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha, de remédio.

13   Assim diz o SENHOR Deus: Este será o limite pelo qual repartireis a terra em herança, segundo as doze tribos de Israel. José terá duas partes.

14   Vós a repartireis em heranças iguais, tanto para um como para outro; pois jurei, levantando a mão, dá-la a vossos pais; assim, que esta mesma terra vos cairá a vós outros em herança.

15   Este será o limite da terra: do lado norte, desde o mar Grande, caminho de Hetlom, até à entrada de Zedade,

16   Hamate, Berota, Sibraim (que estão entre o limite de Damasco e o de Hamate), a cidade Hazer-Haticom (que está junto ao limite de Haurã).

17   Assim, o limite será desde o mar até Hazar-Enom, o limite de Damasco, e, na direção do norte, está o limite de Hamate; este será o lado do Norte.

18   O lado do oriente, entre Haurã, e Damasco, e Gileade, e a terra de Israel, será o Jordão; desde o limite do norte até ao mar do oriente, medireis; este será o lado do oriente.

19   O lado do sul será desde Tamar até às águas de Meribá-Cades, junto ao ribeiro do Egito até ao mar Grande; este será o lado do sul.

20   O lado do ocidente será o mar Grande, desde o limite do sul até à entrada de Hamate; este será o lado do ocidente.

21   Repartireis, pois, esta terra entre vós, segundo as tribos de Israel.

22   Será, porém, que a sorteareis para vossa herança e para a dos estrangeiros que moram no meio de vós, que gerarem filhos no meio de vós; e vos serão como naturais entre os filhos de Israel; convosco entrarão em herança, no meio das tribos de Israel.

23   E será que, na tribo em que morar o estrangeiro, ali lhe dareis a sua herança, diz o SENHOR Deus.

VOCÊ É IMPORTANTE OU DESPREZADO?



Nazaré, uma Cidade Desprezada!

Mt. 21:11 - E as multidões clamavam: Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.

Jo 1:46 - Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa? Respondeu-lhe
Filipe: Vem e vê.

Nazaré, nos tempos de Jesus, não passava de um pequeno  povoado, desprezado pelos próprios judeus.
É interessante que Nazaré não é citado em nenhum escrito antigo.
A única menção é feita nos Evangelhos - Nazaré foi o lugar onde Jesus cresceu. 
Muitos de nós podemos ter uma história semelhante.
Têm uma vida sem sabor, sem nenhum acontecimento digno de nota, nada de importante acontece.
Até que um dia  Jesus resolve crescer ali.
Então, essa vidinha sem sentido entra na história da eternidade, pois tem seu nome escrito no livro da vida, de onde jamais será apagado.
Os homens buscam grandes alvos, grandes objetivos, almejando serem reconhecidos,  terem seus nomes registrados nos anais da história.
Mas tudo isso é vão.
O fato mais importante que pode acontecer na vida de qualquer  pessoa é ter seu nome escrito no livro da vida.
Além disso, nada pode ser comparado ao fato de Jesus crescer ali... Nada pode ser comparado em importância ao fato de Jesus crescer  em nós…
Ele um dia resolve vir morar em alguém e ali crescer, levando essa pessoa até à plena maturidade cristã.
Portanto, se Jesus entrou em você, deixe-O também crescer em você.
Assim como a cidade de Nazaré que recebeu o Salvador, receba-O também em seu ser interior e permita-O crescer em você.
Atualmente, não são tão poucos os que recebem a Cristo, mas ainda são poucos os que O permitem crescer neles.
O crescimento espiritual é algo que requer muitos testes; e um deles é a experiência de sermos, muitas vezes, desprezados, esquecidos e até mesmo contra-atacados por outros.
Assim como uma lavoura que precisa passar pelas intempéries do ambiente e firmar bem as suas raízes, nós também precisamos aprender a passar por tais experiências.
Mas não se preocupe, o Salvador Jesus Cristo está na cidade desprezada assim como Ele está dentro de você.
De igual modo como na cidade de Nazaré, não se preocupe se nada de importante parece não estar acontecendo em sua vida no sentido comum do mundo.
Apenas deseje ardentemente que Cristo aconteça na sua vida.
Embora muitos até desprezem a vida cristã, considerando-a pobre e sem valor, na verdade, os únicos  fatos dignos de importância eterna  e que irão, um dia, resultar em radical mudança na história da humanidade estão passando pelos corações daqueles que hoje são desprezados.
Assim como Nazaré, uma cidade desprezada pelos homens, foi ali que viveu e cresceu o salvador da humanidade.
Por isso, permita que Cristo viva,  cresça e se estabeleça solidamente em sua vida.
Louvado seja o Senhor, pois muitos de nós já temos Jesus de Nazaré morando em nós...
Não O subestimemos jamais.
Lembrem-se, pois, meu irmão e minha irmã:   Nossas vidas têm valor...
Cristo está em nós...
O Espírito Santo habita em mim e em você!  

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Placa de Proteção -


"A língua dos sábios adorna o conhecimento, mas a boca dos insensatos derrama a
estultícia." -
Provérbios 15:2

Estava andando em um metrô em Minsk, Belarus, Rússia, com minha amiga e sua filha,
e repentinamente, caí de rosto no chão sujo de concreto. Não me recordo da queda, mas

estar com a boca cheia de areia, pedriscos e pedregulhos. Eca! Não conseguia tirar aquilo
da boca rápido o suficiente!
Não gostei do que entrou em minha boca naquela ocasião embaraçosa. Mas, as Escrituras
nos ensinam que é mais importante guardar o que sai de nossas bocas.
Quando o escritor de Provérbios 15 disse que “…a boca dos insensatos derrama a
estultícia” (v.2), a palavra traduzida como “derrama” significa, literalmente, “explode”.
Acusações imprudentes, palavras iradas e abuso verbal podem causar danos imensuráveis e
vitalícios. O apóstolo Paulo falou asperamente sobre isso:Não saia da vossa boca
nenhuma palavra torpe” (Efésios 4:29) — nada de conversa suja. Disse também: 
“…deixando a mentira, fale cada um a verdade…” (v.25) — nada de mentiras.
E, em seguida, “Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias,
e bem assim toda malícia” (v.31) — nada de assassinato do caráter. O que sai de nossas
bocas deve ser proveitoso e edificante.
Vigiamos cuidadosamente o que entra em nossas bocas — e estamos certos em fazê-lo.
Para honrar a Deus, devemos manter também um controle rígido sobre as palavras que saem
das nossas bocas. 
Cuidado com seus pensamentos - Eles podem se tornar palavras a qualquer momento.

Extraído pelo
Pr. Ronaldo de Assis.

Salmos - 81




[Salmo de Asafe para o músico-mor, sobre Gitite] Exultai a Deus, nossa fortaleza; jubilai ao Deus de Jacó.
Tomai um salmo, e trazei junto o tamborim, a harpa suave e o saltério.
Tocai a trombeta na lua nova, no tempo apontado da nossa solenidade.
Porque isto era um estatuto para Israel, e uma lei do Deus de Jacó.
Ordenou-o em José por testemunho, quando saíra pela terra do Egito, onde ouvi uma língua que não entendia.
Tirei de seus ombros a carga; as suas mãos foram livres dos cestos.
Clamaste na angústia, e te livrei; respondi-te no lugar oculto dos trovões; provei-te nas águas de Meribá. (Selá.)
Ouve-me, povo meu, e eu te atestarei: Ah, Israel, se me ouvires!
Não haverá entre ti deus {alheio,}) nem te prostrarás ante um deus estranho.
Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei.
Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis.
Portanto eu os entreguei aos desejos dos seus corações, e andaram nos seus próprios conselhos.
Oh! se o meu povo me tivesse ouvido! se Israel andasse nos meus caminhos!
Em breve abateria os seus inimigos, e viraria a minha mão contra os seus adversários.
Os que odeiam ao SENHOR ter-se-lhe-iam sujeitado, e o seu tempo seria eterno.
E o sustentaria com o trigo mais fino, e o fartaria com o mel saído da rocha.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A EFEMERIDADE DA VIDA



 Todos os seres humanos deveriam viver melhores do que efetivamente vivem. Principalmente porque a vida é efêmera e parece que nos damos conta disso, apenas quando somos surpreendidos pela notícia da morte de alguém, próximo de nós. 
Apesar das benesses da vida moderna, onde conforto e comodidade nos alcançam através de um simples toque da mão, a maioria das pessoas é infeliz, estressada, e cansada; ou porque sobrecarrega lembranças ruins e dolorosas do passado (não descarregam os seus fardos e por isso envenenam seu corpo), ou porque são inseguras, medrosas e temem de forma covarde, o dia de amanhã. 
Ora, se a vida é efêmera e a gente não sabe por quanto tempo estaremos vivos, se desconhecemos o que acontecerá no momento seguinte, devemos viver a vida com entusiasmo, com intensa energia e sem temores exagerados. Não devemos ter ansiedades por nada e precisamos irradiar companheirismo, amor, cordialidade e simpatia às pessoas que nos rodeiam. 
A vida precisa ser alegre, apesar de todos os pesares. Não se entristeça e nunca desanime com os reveses da vida porque nunca seremos velhos demais para reconstruir alguma coisa, nunca seremos velhos para amar ou para perdoar ou para afagar alguém. Insisto em dizer que o que o homem mais precisa é amor! 
Se você pensa diferente e se fecha em si mesmo, reclamando de tudo e de todos, reflita o quanto esta forma de viver lhe prejudica e decida que é hora de mudar. Abra-se para o mundo e para as pessoas. Pare de cobrar coisas dos outros, da vida e de você próprio. 
Cuide com zelo de seu corpo e de sua mente. Nós somos templos do Espírito Santo e a vida é um dom, um presente maravilhoso de DEUS e por isso é nosso dever conservar sadios o corpo e a mente, pois os males de um, refletir-se-ão infalivelmente no outro. 
E olhe sempre para frente. O que passou, passou. É inútil chorar sobre leite derramado e impossível mudar o que já aconteceu. 
Olhe para frente porque ainda é tempo de apreciar as maravilhas que nos rodeiam. Ainda é tempo de nos voltarmos para DEUS e agradecermos a benção de ter um coração pulsando no peito.  
A vida é efêmera, não temos controle sobre ela, mas a vida ainda está em nós. Por isso viva cada dia como se fosse o último e seja sempre feliz porque a passagem do tempo deve ser uma conquista, nunca uma perda.
Amigo, tome esta decisão agora. Querer é a base para vencer!
Com carinho. 

João Antonio Pagliosa
Eng. Agrônomo pela UFRRJ em 1972
Servo de Deus desde 2007
joaoantoniopasgliosa@gmail.com

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