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terça-feira, 1 de março de 2011

Confissões de uma mulher cristã perfeita


Geralmente sou uma pecadora fechada, faço as besteiras e as mantenho escondidas. Durante a maior parte da minha vida, consegui caminhar próxima à linha tênue da rebelião descarada. Quando eu tinha 12 anos, passava trotes para vários lugares e removi (leia-se: roubei) um livro da biblioteca pública, intitulado Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo, mas tinha medo de perguntar.
A conselheira das mulheres na faculdade que cursei nunca soube que fui eu quem pregou uma peça em uma colega do curso. Quando tinha 22 anos, era professora de Ensino Fundamental, quase fui flagrada pela diretora entretendo meus colegas com imitações, inclusive da própria diretora. Alguns anos depois, minhas besteiras tornaram-se sérias, pois, depois de me tornar mãe de dois filhos, tive um acesso de raiva e agi de uma maneira que aterrorizou tanto a meus filhos quanto a mim. Não sou santa e nem pretendo ser. Mas, por mais difícil que seja crer nisto, de alguma maneira consegui deixar 99,9% destas coisas escondidas. Como alguém que freqüenta a igreja e que aparentemente administra uma família feliz, evitei ter qualquer atenção voltada a este lado sombrio da minha vida. Mas isso teve um custo.
Minhas mentiras sobre o quanto eu gastava trouxeram problemas financeiros para o meu casamento. Pensamentos invejosos afastaram de mim os amigos e a alegria. A raiva adolescente que tentei manter dentro de mim, causando automutilação, explodiu 12 anos depois na direção dos meus filhos mais velhos. E quando o álcool veio na minha direção em períodos de solidão e depressão, eu ouvi seu chamado.
 Então, esta sou eu: Julie Barnhill em toda a sua glória e esplendor.
Talvez você esteja pensando: “Sim, você nos contou segredos de sua vida, mas nenhum deles se compara com os meus.” Poderíamos até criar um jogo para ver quem seria a campeã; muitos dos seus segredos poderiam ser os primeiros da lista. A questão é: precisamos abraçar a verdade de que não estamos sozinhos em nossos lugares secretos. Não importa o que se esconde debaixo de nossas camadas e mecanismos de defesa, Deus esta lá, dentro de nós.
Qanto mais eu vivo, mais me torno desesperada por um perdão revolucionário que leva ao fim as áreas ocultas e os elementos clandestinos da minha vida.
Mas existe uma questão: a confissão só pela confissão pode se tornar facilmente em um momento tablóide em nada diferente dos programas de televisão que entregam todos os detalhes da vida de alguém. Não é suficiente apenas dizer os fatos. A confissão genuína nos leva ao perdão radical, disponível apenas através de Cristo, que cobre qualquer coisa que tivermos feito, não importa o quão horrível ela possa parecer. Jesus Cristo conhece nossos segredos, e estes segredos nunca poderão parar o amor que ele tem por nós. No entanto, estes segredos criam uma barreira entre nós e a vida de liberdade, livre da vergonha, vida que ele deseja para nós. Contamos a Deus nossos segredos para encontrarmos redenção, para sermos resgatados e, por fim, para conseguirmos a vida eterna.
Compartilhamos nossos lugares secretos com amigos em quem confiamos para que possamos conhecer a realidade da cura divina através de relacionamentos de carne e osso, relacionamentos com aqueles que amamos na Terra. Infelizmente, temos como foco as questões e circunstâncias, pecados e falhas. Quando isso acontece, nos tornamos vulneráveis ao pai das mentiras. Ele fará o que for necessário para nos levar a crer que Deus nunca perdoará nossos pecados. Ele fingirá que existem coisas que possamos executar que façam com que o amor de Deus por nós termine. Em algum momento da vida, já acreditei em pelo menos três destas mentiras:
Mentira 1 - Você é a única no mundo que fez estas coisas
Poucas coisas na vida me fizeram descer ao abismo da condenação e da culpa como a forma com que tratei meus filhos e a raiva contida que carreguei por anos. Apesar de aparentar equilíbrio, eu sabia dos limites físicos e verbais que havia atravessado com meus filhos por trás daquelas portas fechadas. Perguntava-me se eu era a única mãe que tratava seus filhos de forma tão horrível.
Certo dia, fiz uma confissão para um grupo de amigas, esperando ouvir que não estava sozinha. Mas o silêncio foi total. E eu podia ouvir o Inimigo sussurrando: Eu disse que ninguém mais fazia o que você fazia. Você é desprezível e ninguém poderá ajudá-la.
Apesar de já ter controlado meus acessos de fúria, acreditei nesta mentira por quase seis anos. No sétimo ano, Deus havia me trazido à memória gentilmente as verdades bíblicas que aprendi e acreditei desde a infância:
a) Se eu confessar meu pecado, Deus os perdoará, sempre.
b) Se eu permitir, ele transformará meus pensamentos e me fortalecerá para fazer o que é certo.
c) Se eu falhar, Jesus permanece fiel, pois é impossível para ele negar seu caráter e agir de outra maneira.
Professei (falei realmente em voz alta) estas verdades eternas e vi meu coração e minhas ações serem transformados de uma forma que só posso descrever como miraculosa. Finalmente meu coração e minha casa foram repletos de perdão, alegria, gentileza em relação aos meus filhos e também à paz. Disse a Deus que, se eu tivesse oportunidade, gostaria de falar abertamente sobre minhas dificuldades.
Três anos depois, tive a oportunidade. Estava na frente de uma platéia lotada e falei a milhares de mães sobre a realidade do que havia acontecido e lhes assegurei que não eram as únicas que haviam agido daquela maneira, dito aquelas palavras ou pensado a respeito daquilo que as feria por dentro.
Mulheres fizeram fila para falar comigo ao final. Algumas delas permaneceram na minha frente em silêncio. Outras lutavam para manter a compostura enquanto a mentira do Inimigo era exposta e derrotada. As conversas que tive e as mensagens que recebi estarão para sempre em minha memória. Nunca me canso de ouvir alguma mãe dizer: “Obrigada por ser honesta! Deus tem me mostrado que não sou a única a sofrer com estas questões e nem a única a ter feito o que fiz!”
Mentira 2 - Deus nunca mais poderá usá-la
Creio que geralmente procuramos obedecer a Deus, ou pelo menos desejamos. Creio que mulheres anseiam para que suas vidas tenham significado eterno, algo mais do que as medidas das roupas que usamos ou as descrições que estão em nosso currículo profissional. No entanto, quantas vezes nos julgamos por estes padrões superficiais? Pense nas vezes em que você parou em frente ao espelho e ficou horrorizada com a mulher que olhava para você. Talvez você tenha comprado a terrível mentira do Inimigo que diz que, por causa de suas falhas, Deus nunca poderá usá-la agora. Sou prova viva de que Deus pode e usa a todas nós, apesar de nosso passado e nossos erros. A realidade é que nem os piores pecados listados nas Escrituras podem permanecer entre nós e o amor de Cristo se confessarmos e buscarmos este perdão revolucionário.
A verdade de Deus dissipa o engano do Inimigo: verdade do amor de Deus e a natureza de seu caráter que nos resgata e redime. Agora podemos compreender sua promessa: “O Senhor o guiará constantemente, satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam. Seu povo reconstruirá as velhas ruínas e restaurará os alicerces antigos; você será chamado reparador de muros, restaurador de ruas e moradias” (Isaías 58.11-12).
Mentira 3 - Se alguém descobrir o que você fez, nunca a amará, nunca a compreenderá ou nunca a perdoará
A verdade é que algumas pessoas que você considera como amigos podem abandoná-la ao saber de certas verdades. Isso já aconteceu comigo, dos dois lados. Amigos já me abandonaram por saber a profundidade dos meus pecados. E já abandonei uma amiga logo após saber de alguns detalhes infelizes de sua vida. Amigos vêm e vão, mas um amigo verdadeiro permanece com você, como se fosse parte de sua família (Provérbios 17.17). Eu não fui fiel à minha amiga, mas Jesus sempre é fiel. Uma vez após a outra, ele promete que nunca nos abandonará. Portanto, respire fundo e descanse nesta verdade imutável: Jesus nunca desiste de nós: “Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo” (2 Timóteo 2.13).Então é isso. Por que admitir que tenho falhas? Porque vivi tempo suficiente e experimentei falhas suficientes para saber que meus segredos e pecados não podem ser resolvidos através do meu próprio poder e do pensamento de que posso fazer tudo sozinha. Deus sabe o quanto tentei e o quanto fracassei. Ele sabe que meus pecados de proporções magníficas se aprofundam na essência de quem sou como mulher e como cristã. Ele sabe o quanto anseio pela experiência de uma redenção radical que me dá liberdade, não apenas naquele momento, mas para sempre. Minha alma clama pelo socorro que vai a qualquer altura, qualquer profundidade, que me liberte de meus segredos e minha vergonha (Romanos 8.39).
Talvez você sinta que a redenção está longe do seu alcance. Mas se você está cansada de fingir que consegue lidar com tudo sozinha, agora é hora de agir. Por muito tempo, as mulheres, particularmente as cristãs, acreditaram que eram as únicas a lidar com questões vergonhosas, arrependimentos agonizantes e mais do que um ou dois esqueletos pendurados em seus armários. Se ousarmos abrir os nossos corações para Deus e para outros, poderemos experimentar a paz e a liberdade. Leia o que algumas mulheres escreveram para mim:
Fiz um aborto quando tinha 18 anos de idade. Ninguém sabe nada sobre isso. Por 14 anos, marquei no calendário o dia 12 de julho e chorei pela criança que ninguém sabia que existia e por mim, a jovem que carregou a culpa sozinha. Mas agora acabou, Julie! Agora sei que não estou sozinha e, pela primeira vez na vida, creio verdadeiramente que Deus é maior que o meu segredo e está disposto a me perdoar.
Outro depoimento que recebi:
Confessei meu segredo para minhas amigas na noite passada. Agredi fisicamente minha filha de 3 anos de idade. Falei para minhas amigas sobre os abusos que eu mesma sofri quando criança. Sinto como se um enorme peso tivesse sido retirado do meu coração.
A verdade é que os segredos só são fortes quando estão escondidos. Uma vez que são revelados à luz do amor de Deus, perdem sua força. Por que não fazer de hoje o dia em que você fará uma limpeza e colocar para fora aqueles segredos escondidos? Você poderá se surpreender com quem mais vive as mesmas dificuldades e dilemas que você.

Questões para considerar antes de confessar seu pecado a alguém.
Preste atenção se:
1. A pessoa a quem você está confessando repete confidências que ouviu sobre outras mulheres. Se não, adivinhe quem será a próxima a ser assunto da roda?
2. Ela oferece conselhos que não foram solicitados e fica ofendida se seu conselho é ignorado.
3. Ela a pressiona a mudar para seu ritmo emocional na amizade.
4. Ela quer consertar seus problemas ou lhe diz para não se preocupar tanto com seus segredos.

Procure alguém que:

 1. Tenha bom senso em saber quando se afastar ou quando interferir no momento em que você está mal.
2. É transparente e aberta sobre seus próprios dilemas.
3. É pronta para ouvir e tardia para falar.
4. Tem como base de seus conselhos, palavras e observações a verdade eterna encontrada na Bíblia.
Extraído
Aurora: Julie Barnhill

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