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sábado, 13 de agosto de 2011

HAJA O QUE HOUVER...


Na Romênia havia um homem que dizia sempre ao seu filho:
- Haja o que houver, eu estarei ao seu lado.
Houve, naquela época, um terremoto de intensidade muito grande, que arrasou  muitas construções lá existentes.
Na hora do terremoto o homem estava em uma estrada, e, ao saber do ocorrido, correu para casa, onde verificou que sua esposa estava bem, porém seu filho estava na escola e ainda não se tinha notícias dele.
Indo imediatamente para lá, o homem encontrou o prédio totalmente destruído. Não havia uma única parede de pé.
Tomado de uma profunda tristeza ficou ali, contemplando os escombros e lembrando da voz alegre de seu filho e de sua promessa não cumprida: “Haja o que houver, eu sempre estarei ao seu lado.”
Seu coração estava apertado enquanto contemplava a destruição. A voz do filho e a promessa que lhe fizera, lhe dilaceravam a mente. Mentalmente, percorreu inúmeras vezes o trajeto que fazia diariamente segurando a mãozinha do filho. Via em sua mente o portão, que agora não mais existia, o corredor...as paredes...o rostinho confiante, que passava pela sala do terceiro ano, dobrava o corredor e lhe dava um último olhar antes de entrar...
Foi aí que resolveu subir os escombros e fazer o mesmo trajeto...portão, corredor...virou à direita e parou em frente ao que deveria ter sido a porta da sala de seu filho. Nada! Apenas uma pilha de material destruído. Nem ao menos pedaços de alguma coisa que lembrasse a sala de aula. Olhava tudo, desolado, e continuava a ouvir sua promessa: “Haja o que houver, eu sempre estarei com você...” E ele não estava...
Começou a cavar os escombros com as mãos. Nisto chegavam outros pais, que embora desolados, tentavam demovê-lo da idéia e tirá-lo de lá dizendo-lhe que fosse para casa, pois não havia mais nada a fazer, que ninguém havia sobrevivido.
Ele retrucava pedindo que alguém o  ajudasse, mas ninguém se dispunha a fazê-lo, e, aos poucos iam se afastando dali. Chegaram policiais que também tentaram convencê-lo a desistir, pois não viam chances de haver sobreviventes. Não poderiam perder tempo ali pois haviam locais onde as chances de encontrar pessoas com vida eram maiores e eles deviam  ir para lá tentar resgatá-las.
Ele, porém, não esquecia sua promessa: “Haja o que houver, estarei com você...” Tudo que conseguia dizer aos que se aproximavam era...”você vai me ajudar?” Mas todos se afastavam, pois ninguém  era capaz de acreditar.
Os bombeiros chegaram e gritaram: “Saia daí ou ainda vai por em risco a vida de alguém, pois continuam havendo explosões e incêndios!”
Ele retrucou:
- Vocês vão me ajudar?
-Você está cego pela dor. Não enxerga mais nada. Ou então é revolta pela desgraça.
- Vocês vão me ajudar?
Mas um a um todos se afastavam.
Ele permaneceu ali, cavando quase sem cessar, sozinho, durante horas e horas...dizia a si mesmo que precisava encontrar seu filho, vivo ou morto.
Até que, ao afastar uma enorme pedra, sempre chamando pelo nome do filho, ouviu...”Pai, estou aqui...”
Quase sem acreditar fez um pouco mais de força para abrir um vão maior, e perguntou: “Filho, é você? Você está bem?”
- Estou, mas tenho sede, fome e muito medo.
- Tem mais alguém com você?
- Sim. Dos trinta e seis alunos da classe, catorze estão comigo. Estamos presos num vão entre dois pilares. Estamos todos bem.
Pai, eu falei pra eles: “vocês podem ficar sossegados, pois meu pai irá nos achar. Eles não acreditaram, mas eu ficava repetindo: “haja o que houver, meu pai estará sempre ao meu lado.”
- Venha. Abaixe-se e tente sair deste buraco.
- Não! Deixe eles saírem primeiro...Eu sei que haja o que houver, você  estará me esperando...”

Desconheço a autoria

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