O tema que escolhi para o presente artigo pode parecer abominável para muitas pessoas. Todos gostam de ouvir falar a respeito de coisas boas, sobre Jesus, sobre Deus, e às vezes, fazem de conta que o inimigo, Satanás, não existe. Alguns se recusam até a mencionar tal nome. Entretanto, os autores bíblicos não foram omissos a este respeito. Eles mencionaram o inimigo inúmeras vezes e o apóstolo Paulo chegou a dizer que não ignorava as suas ciladas (2 Cor.2.11). Para conhecermos tais artimanhas, precisamos estudá-las a partir daquilo que observamos no dia-a-dia e principalmente com base nos relatos das sagradas escrituras.
Você pode viver tentando
ignorar a pessoa do diabo e de seus anjos caídos. Contudo, um dia você terá um
encontro com ele, se é que ainda não teve. Afinal, somos o exército de Deus.
Sempre cantamos isso em nossos hinos. Cada um de nós é um soldado, e pra quê
serviria um soldado de Cristo se nunca acontecesse esse tão terrível encontro com
o inimigo. O exército de Cristo não existe com o objetivo de fazer desfiles em
praça pública; nem tampouco somos chamados para a realização de guerras
eletrônicas ou por mísseis de grande alcance, quando o inimigo nem sequer é
visto.
Vejamos dois exemplos de
encontros com o inimigo de acordo com os relatos bíblicos: Eva encontrou-se com
ele no jardim do Éden e foi derrotada (Gênesis 3). Jesus encontrou-se com o
Diabo no deserto e saiu vitorioso (Mateus 4).
Na maioria das vezes, o
encontro com o inimigo se dará no momento da tentação. É hora do teste. Depois
de tantos encontros com Deus no jardim, Eva precisou fazer um teste com o
adversário. Teria ela assimilado bem as palavras de Deus? Estaria preparada
para passar a uma nova fase de sua vida espiritual? Essas perguntas só seriam
respondidas mediante o resultado do encontro com o inimigo.
Tendo em mente essa linha de
raciocínio, entendemos porque muitas pessoas, depois de passarem anos dentro da
igreja, se desviam, abandonam o evangelho. Certamente, tiveram um encontro com
o Diabo e foram por ele vencidas. Muitas vezes acontece com jovens que
cresceram recebendo os ensinamentos do evangelho e um dia abandonaram tudo.
Certamente, tiveram um encontro com o inimigo e foram levados pelo engano do
pecado. Se você já enfrentou o mal e venceu, não relaxe, outros encontros
virão. Se você foi derrubado, não desanime. A guerra não acabou. Retorne à sua
posição, recarregue suas armas e prossiga.
Um dos fatores que dificultam a
situação é o disfarce do maligno. Ele vem com uma aparência atraente. Não com
chifres e rabo, mas com um aspecto agradável. Então, nesse momento, muitos
soldados põem as armas no chão e lhe dão as boas vindas. Assim aconteceu com
Josué, quando recebeu os gibeonitas, os quais se apresentaram como se fossem
amigos, quando, de fato, não eram.
Poderíamos perguntar: Por quê
Deus não nos livra desse tipo de experiência? Nem o próprio Jesus escapou dela.
Deus não nos livra desse confronto, ele nos alerta a respeito dele. Cabe a cada
um de nós o preparo. E como isso acontece? Através do jejum, da oração, da
comunhão com os irmãos e pelo conhecimento da palavra de Deus. Jesus teve um
confronto com o inimigo e o venceu porque estava cheio do Espírito Santo e
cheio da Palavra. Sem essas armas, seremos apenas mais algumas vítimas para as
contas do maligno.
Portanto, prepara-te. Cada um
de nós deve se preparar. Nossa guerra não é de brincadeira. Vida cristã não é
videogame, é luta de verdade.
Não quero, amanhã ou depois,
receber a notícia de que você, meu amado companheiro de batalha, caiu diante do
inimigo.
Que o Senhor nos ajude. O
encontro é inevitável e até mesmo necessário. Podemos até sofrer algum pequeno
dano, mas não podemos perecer no campo da peleja. E ainda que o mal nos fira o
calcanhar, esta será a sua última reação antes de ter a sua cabeça esmagada
pelo Corpo de Cristo, que é a igreja (Rom.16.20).
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