E disse-lhe uma das mulheres: Ah! senhor meu, eu e esta
mulher moramos numa casa; e tive um filho, estando com ela naquela casa.
E sucedeu que, ao terceiro dia, depois do meu parto,
teve um filho também esta mulher; estávamos juntas; nenhum estranho estava
conosco na casa; somente nós duas naquela casa.
E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se
deitara sobre ele.
E levantou-se à meia noite, e tirou o meu filho do meu
lado, enquanto dormia a tua serva, e o deitou no seu seio; e a seu filho morto
deitou no meu seio.
E, levantando-me eu pela manhã, para dar de mamar a meu
filho, eis que estava morto; mas, atentando pela manhã para ele, eis que não era
meu filho, que eu havia tido.
Então disse à outra mulher: Não, mas o vivo é meu
filho, e teu filho o morto. Porém esta disse: Não, por certo, o morto é teu
filho, e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei.
Então disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho,
e teu filho o morto; e esta outra diz: Não, por certo, o morto é teu filho e meu
filho o vivo.
Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma
espada diante do rei.
E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo; e
dai metade a uma, e metade a outra.
Mas a mulher, cujo filho era o vivo, falou ao rei
(porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho), e disse: Ah!
senhor meu, dai-lhe o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. Porém a outra
dizia: Nem teu nem meu seja; dividi-o.
Então respondeu o rei, e disse: Dai a esta o menino
vivo, e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe.
E todo o Israel ouviu o juízo que havia dado o rei, e
temeu ao rei; porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer
justiça.
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