Nossa conversão é produto da "graça
eficaz", como escreveu Spurgeon. Houve um chamado, e pronto. Deus chama
por múltiplas formas, de várias maneiras. Ele apenas nos chama; e nós
respondemos "que queres que eu faça, Senhor?", como bem disse Saulo,
o exterminador de irmãos, naquele encontro fantástico, no caminho de
Damasco. Não nos chama por nossos méritos; por nossas obras. Graça é favor imerecido.
Só o Cristianismo conhece, ensina e vive essa doutrina.
Como
Lázaro, o pecado nos havia colocado em estado de putrefação; estávamos
podres, desgraçadamente perdidos e condenados ao inferno. Em determinado momento, Ele disse: Vem cá
fora, Airton, José Pedro, Maria. E saímos das trevas para a luz.
É
evidente que por determinado tempo conservamos alguns trapos da roupagem do pecado, quais algemas invisíveis. Alguns conseguem livrar-se rapidamente dos velhos
trapos; outros, com alguma demora. Daí porque vivemos momentos de conflito
interior, com maior ou menor intensidade. O Apóstolo Paulo muito bem falou
sobre essa luta, ao dizer que não sabia o homem que era, pois o bem que
gostaria de fazer, não fazia; e o mal, por ele mesmo rejeitado, fazia.
Como no lusco-fusco, em que não é dia nem
noite, passamos todos por esse estado de transição. Alguns não conseguem
completar a travessia, e sucumbem; voltam à caverna tenebrosa. Por algum
tempo ficam olhando desconfiados e temerosos; mais claudicantes do que
desconfiados. Talvez a imagem de Josué contemplando a terra do leite e mel seja
uma boa ilustração. O Senhor mandou que ele passasse o Jordão e seguisse em frente. Os vencedores
não ficam “coxeando entre dois pensamentos”;
marcham resolutos como predestinados à vida eterna. Nós passamos o Jordão. Vencemos. Estamos
vencendo. Glória a Deus!
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