A vida é semelhante a uma viagem. Aqueles com quem convivemos são nossos companheiros de caminhada. Alguns vão embora rapidamente. Outros nos acompanham por muito tempo.
Ao caminhar, precisamos estar atentos ao nosso destino. Para onde nos dirigimos? Alguns estão subindo; outros estão descendo (Pv.15.24). Muitos, porém, se distraem com os atrativos da estrada, com suas bagagens e até mesmo com os demais viajantes, esquecendo-se do destino final. É o caso daqueles que vivem absorvidos pelo materialismo, pela busca de riquezas, pelos prazeres e por tantas outras coisas, que não se dão conta de que estão caminhando para a perdição eterna.
Há quem prefira o caminho mais fácil, independente de onde possam chegar. A estrada larga é a mais procurada (Mt.7.13). Nela não se encontram limites, controles ou regras. Viaja-se ao belprazer, numa vida sem escrúpulos, sem ética, sem valores morais ou espirituais. Afinal, quem está descendo não precisa se esforçar.
Jesus é o caminho para a eternidade com Deus (Jo.14.6). Se vivemos de acordo com a sua vontade, estamos no rumo certo. Caso contrário, estamos nos distanciando de sua presença.
A vontade de Deus é que nossa trajetória seja ascendente: de glória em glória, de fé em fé (Rm.1.17; II Cor.3.18). “A vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv.4.18). Os ímpios, porém, vão de mal a pior (II Tm.3.13), caminhando em direção ao inferno.
No caminho da salvação, podemos até tropeçar e cair (Sal.37.24). Contudo, não ficaremos prostrados, pois o Senhor nos levantará. Continuaremos firmes na carreira que nos foi proposta (Hb.12.1). Subir é mais difícil, principalmente quando tantos procuram nos puxar para baixo. Entretanto, não retrocederemos (Hb.10.39), ainda que o caminho seja apertado e haja espinhos diante de nós. No fim da jornada, o Pai nos aguarda para nos receber em sua eterna glória. Não nos esqueçamos de que estamos apenas passando por este mundo. Não somos daqui, mas apenas forasteiros que se dirigem à pátria celestial (Fp.3.20; Hb.11.14-16). Usufruamos, pois, de tudo o que o Senhor nos dá, mas não sejamos apegados ao que não haveremos de levar. Não nos iludamos com a idéia de construir um reino no meio do caminho. Estamos nos dirigindo ao Reino dos Céus.
O que fazer se você reconhece que está caminhando para a perdição? Enquanto não se chega ao destino final, ainda se pode mudar o rumo. Conversão é exatamente essa mudança de sentido. É quando percebemos que estamos conduzindo nossa vida de modo fútil e perigoso. De costas para Deus, nos afastamos cada vez mais. Decidimos então voltar, arrependidos de termos andado como ovelhas desgarradas. Voltamos para o Sumo Pastor, Jesus Cristo, que nos conduz com segurança ao nosso lar eterno, o céu.
Anísio Renato de Andrade – Bacharel em Teologia.
anisiora@mg.trt.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião sobre esta postagem.